terça-feira, 20 de junho de 2017

Vi você lendo

                        

Vivemos numa geração em que a tecnologia se sobressaiu de todas as outras formas de divertimento, entramos nos lugares e o que vemos são pessoa bitolas numa tela de celular, Tablet, e Notebook vendo diversas coisas, sem nenhuma visão do movimento à sua volta. Vemos nos jornais, noticiários, pessoas que foram roubadas, atropeladas, sequestradas e até mesmo mortas por falta de atenção, por estarem totalmente conectadas. Nossa, se você está falando mal assim, quer dizer que não tem celular, não usa a tecnologia? Obvio que não, tenho minhas redes sócias, atualizo-as sempre, mas não quero desvalorizar o valor do pessoalmente por esse fenômeno.


Estamos vivendo o que os filósofos tanto temiam, uma geração dominada e viciada pelo digital. Lembro da minha infância, não muito distante em que as crianças saiam para brincar na rua, jogavam bola, conversavam umas com as outras, e éramos felizes assim, conseguimos sobreviver sem atualizar o feed do Facebook. Hoje minha sobrinha de 4 anos, é super conectada e antena com Youtube, acreditam que ela até ativa o “sininho”? Ela ri sozinha, fala sozinha, interagem com os vídeos e absorve completamente tudo o que é falado ali. Além de sermos uma geração bitolada, estamos criando a próxima geração dessa mesma maneira, fechando os olhos para os malefícios que vem junto com essa onda de informação. Claro que minha irmã, sendo mãe dela supervisiona tudo o que é assistido e acessado, mas a questão não é nem essa, e sim, entender que estamos vivendo e ensinando uma era bitolada.


E a leitura, onde fica nessa história toda? Essa é a questão, a leitura não aparece em meio a nossa geração e também a próxima geração, as crianças não leem, e os pais não se preocupam em incentivar a leitura, com isso criamos e somos criados alienados de informações, aceitando o que  nos é passado. Nós falamos mal, escrevemos mal, e colhendo consequências não satisfatórias. Precisamos antes de incentivar outros, nos incentivar a ler, seja o que for, se você é o tipo de pessoa que não gosta de ler, não comece lendo notícias com jargões, ou aquelas leis com palavras desconhecidas e difícil de compreender, seja simples na sua leitura, faça acontecer conforme o seu gosto, mas trazendo simplicidade e prazer. Não sejam os 44% da população que não lê, não pegam em um livro, esse número é triste.


Fui muito incentivada a escrever esse texto quando percebi que todos a minha volta, na rua, no transporte, ônibus, metro, trem, praças, shoppings, estavam com os celulares, me inspirei em ver aquelas poucas pessoas com livros. Eu vi você lendo e:  - Poxa, compre sua saraiva de bolso quando sair atrasado. - Moça eu também amo Senhor dos Anéis. - Cara como tá sendo ler Mario Cortella, sempre gostei dele. - Ei, garota, você parece ser fã do Nicolas Sparks, tenho poucos livros dele, mas vendo você ler assim, me deu vontade de morrer de chorar em seus romances. - Jura que você também gosta de autoajuda/comedia, tenho uma ótima escritora para te recomendar! - Obrigada vocês.







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